Novo movimento da panificação artesanal ganha força no país aproveitando um mercado em que 98% das pessoas consomem produtos panificados

Segundo dados da BuyCo, uma plataforma de intermediação de negócios, a panificação está entre os seis maiores segmentos da indústria do Brasil, com participação de 36% na indústria de produtos alimentares, e 920 mil funcionários empregados de forma direta na panificação.

Segundo dados da ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria), desde 2018 é crescente a busca por produtos de panificação diferenciados, como os oferecidos pela panificação artesanal. Esse movimento trouxe à tona a falta de mão de obra especializada para as padarias no Brasil, que segundo dados do Sebrae somam mais de 63,2 mil negócios no país, com faturamento anual próximo de R$ 95,08 bilhões.

Para suprir a demanda da panificação artesanal, os sócios Eduardo Freire Feliz e Marcelo Vosnika, se uniram à Michel Suas, fundador do San Francisco Baking Institutepara abrir a primeira filial da escola norte-americana no Brasil. O contrato foi assinado em maio e a escola, que será dedicada à panificação artesanal, viennoiserie e pâtisserie, tem previsão de abertura ainda no segundo semestre de 2021.

“Além da fermentação natural, que sempre foi minha paixão dentro da panificação, a oferta de cursos também vai incluir outras abordagens como a panificação clássica, massas folheadas, croissant, brioches, etc. A expectativa é grande e para nós será um prazer contribuir para a história da panificação na América Latina”, finaliza Eduardo.

O melhor dos dois mundos

Por ser berço de grandes profissionais da área, polo da indústria do trigo, além do protagonismo no movimento de panificação artesanal no país, não foi à toa que Curitiba foi escolhida para receber o Instituto. O charmoso espaço gastronômico, localizado no Petit Batel, junto ao Lucca Cafés Especiais, será o destino de muitos entusiastas. O endereço, com estrutura desenvolvida especialmente para atender os mais altos critérios da panificação, receberá grupos para aulas teóricas e práticas. O objetivo é ensinar a metodologia exclusiva do San Francisco Baking Institute, trazendo o que há de melhor aos profissionais do Brasil e América Latina.

“O amor e dedicação de grandes profissionais da panificação e o desenvolvimento de uma cadeia sustentável do trigo foram alguns dos motivos que me chamaram a atenção e destacaram a liderança da região no movimento da panificação artesanal na América Latina”, declarou Michel Suas, após visita à Curitiba e região em 2019.

A sociedade realizada entre o ícone da panificação internacional, seu ex-aluno Eduardo Freire Feliz, padeiro e sócio-proprietário do Lucca Cafés Especiais, e Marcelo Vosnika, Presidente e sócio da Moageira Irati tem como objetivo disseminar o conhecimento da panificação artesanal e da fermentação natural na América Latina.

A plataforma Trigo de Origem, projeto desenvolvido em conjunto entre a Moageira Irati e Eduardo Freire Feliz, tem como base a conexão genuína de todos os elos da cadeia do trigo tornando-os protagonistas; desde a pesquisa da semente, agregando produtores, moagem e padeiros. Agora aliados a etapa de ensino, estabelecem um ecossistema inédito no mundo.

Campo e indústria, ensino de qualidade e padaria artesanal com foco na melhor experiência do consumidor; podem ser vistos juntos em um só empreendimento. “O SFBI é uma ferramenta para solidificar o movimento que iniciou com tanta força organicamente no Brasil. Um espaço de geração e troca de conhecimento para qualquer pessoa interessada no assunto”, ressalta Vosnika.

Sobre o San Francisco Baking Institute

SFBI foi fundado em 1996 por Michel Suas. Nascido na França, Michel Suas é reconhecido internacionalmente como um especialista da indústria e líder de pensamento, e é um forte defensor do uso da educação para promover a apreciação e a arte da panificação artesanal.

O instituto oferece uma experiência de aprendizagem única, fornecendo instrutores que são especialistas em suas áreas e dando aos alunos a oportunidade de experiência prática no “mundo real” com os mais recentes equipamentos e tecnologia de panificação, mantendo a ênfase nas técnicas e valores da panificação artesanal.