Propósito é propagar o empoderamento feminino e prevenir a violência contra a mulher

A Escola Municipal Cônego Costa Carvalho, na Vila Torres Galvão, dará início ao projeto piloto Multileituras Antimachistas. A iniciativa, da Prefeitura de Paulista, foi selada na tarde desta sexta-feira (05/08), entre as secretarias Executiva da Mulher e de Educação. Trata-se de desmistificar o estereótipo da cultura machista impregnada na sociedade. Participarão 267 estudantes do 6º ao 9º ano, de forma gradual, orientados pelos professores de suas respectivas turmas. 

O Multileituras será inovador por trazer o combate a cultura machista trabalhado sob a ótica de diversas disciplinas como português, geografia, história, matemática, expressando-se, ao final, em diversas linguagens. A medida tem como escopo o premiado projeto Maria da Penha Vai à Escola. 

Em reunião com os professores da Escola Cônego Costa Carvalho, a secretária executiva da Mulher, Bianca Pinho Alves, acompanhada de sua equipe técnica, mostrou o trabalho desenvolvido pela pasta. “O lugar de mulher é ter voz e vez na sociedade. Aqui vamos deixar claro que estamos entusiasmados para que esses jovens compartilhem o respeito, principalmente entre o homem e a mulher”, explicou.

A gestora da unidade, professora Taciana Ferreira, reforçou aos professores  a importância da temática tão presente na atualidade. Participaram Gláucio Ramos, Gleidecele da Silva (Língua Portuguesa), Priscila Augusta (Inglês), Elanne Neves (Ciências), Fábio Paulo (Geografia e História) e Edson Oliveira (Matemática). Ao final da reunião, foram definidas datas para os próximos encontros com os pais e estudantes. Sob a anuência da Secretaria Executiva da Mulher, o professor Gláucio ficará responsável pelo acompanhamento diário do projeto na escola. 

O professor Gláucio Ramos destacou que pretende desenvolver nas turmas de língua portuguesa atividades poéticas. O trabalho final será divulgado nas linhas dos ônibus da Região Metropolitana do Recife. “Os poemas serão escritos pelos próprios alunos, estimulando e resgatando o gosto literário. No final, eles terão seus trabalhos reconhecidos por toda sociedade no combate à cultura machista”, pontuou.

O professor de Geografia e História, Fábio Paulo, terá sua didática voltada para a igualdade de gênero. “Na sala de aula, os estudantes vão ler textos sobre a geografia da mulher, como suas lutas para as conquistas dos direitos na sociedade”, concluiu.

A igualdade de gênero também será debatida por todas as disciplinas, inspirada no 5° tópico dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável no Rio de Janeiro em 2012.