‘A Pequena Bailarina’ conta a história de uma garotinha, com síndrome de Down, que ama balé. O lançamento acontece na XII Bienal de PE, dia 12/10.
O sonho de contar uma história e fazê-la conhecida pelo máximo de pessoas habita o imaginário de Priscilla Pontes desde a adolescência. A jovem tem um tio, que é escritor e poeta, e também costumava criar poesias. Mas, foi durante disciplina Oficina de Roteiro, do curso de Rádio, TV e Internet, das Faculdades Intergradas Barros Melo (AESO), que a estudante, hoje, no sétimo período, teve o insight para escrever a primeira obra, ‘A Pequena Bailarina’. “Nesta cadeira, a ex-professora Sandra Lima instigava os alunos a relatarem o final de semana. Eu, que já gostava de escrever, tomei ainda mais gosto pela coisa”, conta.
‘A Pequena Bailarina’ fala sobre uma garotinha, com síndrome de Down, que ama balé. A narrativa apresenta um diálogo sobre as diferenças, acessibilidade e aceitação, abordando o preconceito, que pessoas com deficiência sofrem ou já sofreram. O lançamento acontece na XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, dia 12 de outubro, no Centro de Convenções.
“A história surgiu em um dia de inspiração. Estava em um evento da ONG Deficiente Eficiente, onde sou intérprete de Libras, quando aconteceu uma apresentação de dança com uma bailarina que tem a síndrome de Down. Senti vontade de escrever algo que falasse sobre a síndrome, a aceitação dela e como as pessoas julgam a diferença. Eu já realizava um trabalho com acessibilidade e resolvi unir tudo”, detalha.
O processo de produção contou com a ajuda do amigo Eduardo Bezerra. Ele leu o romance e encorajou Priscilla a dar andamento ao livro. Foi ele também que a apresentou a Iêda Rocha, da Editora Construir, onde teve o texto aprovado e, consequentemente, impresso. “Foi um trabalho lento, porém, necessário para chegar às mãos de todos de uma forma apaixonante”, comenta.
“Li uma frase na internet, de autor desconhecido, que dizia: “Amar alguém com Síndrome de Down é aprender a amar a simplicidade, e a exercitar uma grande dose de empatia por alguém diferente de você”. Depois disso, fiquei pensando como precisamos que todos tenham mais empatia, respeito, igualdade e, acima de tudo, mais amor pelos outros, mesmo que eles sejam diferentes”, afirma.
Priscilla já se dedica a elaboração de outras obras. Em breve, ela lança mais um livro, seguindo o mesmo gênero infantil.