Juros baixos e crédito facilitado devem contribuir para o avanço da construção civil

Passados os primeiros impactos provocados pelo novo Coronavírus, o mercado imobiliário ganhou uma nova trajetória, acelerada pelas demandas surgidas com a pandemia. Nesse patamar, a Moura Dubeux, que possui mais de 2 mil colaboradores, projeta chegar ao final deste ano com 50% mais canteiros de obras, o que representa a geração de mais 1 mil empregos. Atualmente, as contratações já chegam a mais de 150 por mês. 

O aumento vem na esteira das perspectivas do mercado, que também aponta para o novo comportamento do consumidor e sua relação com os lares. Só no 4º Tri de 2020, a incorporadora pernambucana registrou aumento de 50% de vendas em relação ao mesmo período de 2019. Foram R$ 305 milhões em comercialização. No ano passado, a Moura Dubeux realizou o lançamento de 10 empreendimentos, sendo quatro em Pernambuco, onde obteve recorde de adesão de compradores. Os demais projetos foram nas capitais Salvador e Fortaleza, somando R$ 791 milhões em Valor Geral de Vendas. 

A empresa, que possui baixa concorrência de empresas de médio e alto padrão no Nordeste, comercializou, de julho a dezembro de 2020, duas vezes mais produtos do que o primeiro semestre do ano. Com esse desempenho e as expectativas de mercado, a projeção de vendas para este ano é de uma movimentação em linha com o que fora os últimos seis meses de 2020, anualizado obviamente. No planejamento da empresa, estão previstas a conclusão de 3 empreendimentos e o lançamento de mais 14 projetos.  

O crescimento vem atrelado a questões fundamentais para a evolução da construção civil, como a manutenção da redução na taxa de juros e crédito mais facilitado, o que aumenta a esfera de pessoas elegíveis para a compra, e a demanda por moradia ou pela segunda residência. 

O imóvel também segue como uma das principais oportunidades de investimento, pela capacidade de valorização. “Junto a isso, o baixo estoque de produtos no mercado, a poupança em alto patamar de captação de recursos e a perspectiva de redução do desemprego oferecem uma situação adequada para o crescimento do mercado imobiliário”, explica o CEO da Moura Dubeux, Diego Villar. 

Além disso, o setor da construção civil ocupa uma posição de vetor na expansão de empregos, por se tratar de uma cadeia larga. São mais de três mil insumos diferente que integram a construção de um prédio, como aço, resinas plásticas, cerâmicas e demais. É uma rede de fabricantes que contribui para a evolução econômica e a geração de empregos. Para Villar, um cenário econômico estável e a provável aprovação das reformas necessárias são os pontos que vão reforçar o crescimento do mercado de imóveis.