Best-seller premiado de autora espanhola conta história dos livros em uma cativante viagem da Grécia Antiga aos tempos atuais

Os primórdios da materialização da palavra escrita; o passeio por papiros, escrituras em pedras, papéis de seda e manuscritos; o avanço da tecnologia ao longo de séculos; tudo isso constrói a narrativa da civilização humana na incessante tentativa de eternizar suas histórias no tempo e no espaço. A trajetória da invenção do livro é permeada por disputas de poder na Grécia Antiga, com batalhas travadas por Alexandre, o Grande, e seus fiéis desbravadores em busca de exemplares para sua ambiciosa biblioteca de raridades “do mundo todo”. Também transpassa os cenários dos palácios de Cleópatra, reverencia a atividade de escribas, vendedores ambulantes, sábios e professores, além de conectar o passado ao presente através de espaços contemporâneos de conservação de narrativas, como a impressionante Biblioteca de Oxford. A história do livro como objeto é a história da humanidade e de sua tentativa de preservar a memória ao longo dos anos.

infinito em um junco, que chega ao Brasil pela editora Intrínseca em junho, nasce das perguntas que alimentavam o pensamento da autora Irene Vallejo e de sua vontade de embarcar em uma jornada por tempos e terras distantes em busca de desvendá-las: “quando surgiram os livros?”, “qual é a história secreta dos esforços para multiplicá-los ou aniquilá-los?”, “o que se perdeu no caminho e o que se salvou?”, “por que alguns se tornaram clássicos?”, “que livros foram queimados com ódio e quais foram copiados da forma mais apaixonada?”. As respostas são dadas de forma informativa e cativante ao longo da obra, que foi considerada uma das melhores de 2020, segundo os jornais El Mundo, La VanguardiaThe New York Times na Espanha.

Traduzido para mais de 30 idiomas, O infinito em um junco recebeu o Premio Nacional de Ensayo (2020) e o El Ojo Crítico de Narrativa  (2020), ambos da Espanha, e foi elogiado por nomes consagrados da literatura, como o escritor peruano, Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa.

Acima de tudo, O infinito em um junco é a representação da fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível. Pessoas comuns cujos nomes muitas vezes são apagados da história, mas que desempenharam funções e iniciativas fundamentais, no decorrer dos séculos, para resguardar essas fontes de memória.

Foto: Santiago Basallo

IRENE VALLEJO nasceu em Zaragoza, Espanha, em 1979, e estudou filologia clássica. Fez doutorado nas universidades de Zaragoza e Florença. Dedica-se a um intenso trabalho de divulgação do mundo clássico ministrando conferências e cursos, e colabora com o El País Semanal, entre outros. De sua obra literária, destacam-se os romances La luz sepultada (2011) e El silbido del arquero (2015). Publicou também ensaios e livros infantis. As antologias Alguien habló de nosotros(2017) e El futuro recordado (2020) reúnem seus artigos de jornais, e lançou ainda Manifiesto por la lectura (2020), uma ode à leitura.

O INFINITO EM UM JUNCO, de Irene Vallejo

Editora Intrínseca
Tradução: Ari Roitman e Paulina Wacht
Páginas: 496
Livro impresso: R$ 89,90
E-book: R$ 62,90