De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), “voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos.” O Dia Nacional do Voluntariado, 28 de agosto, é comemorado o dia daqueles que doam o seu tempo, alegria e amor em prol de algo ou alguém sem receber nada em troca. Os voluntários do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE) são fundamentais para o desenvolvimento da instituição. 

Pedrina Borges, de 23 anos, começou a voluntariar no GAC-PE em 2019, através do projeto Anjos da Enfermagem Núcleo Pernambuco. Todas as tardes das quartas-feiras, ela e outros voluntários, levavam brinquedos terapêuticos com o objetivo dos pacientes conhecerem o hospital de uma forma lúdica. No mesmo ano, o Anjos da Enfermagem encerrou suas atividades. No começo de 2020, ela inscreveu-se para ser voluntária pelo GAC-PE e, atualmente, é voluntária no refeitório, mas disponibiliza-se para ajudar onde for preciso. “Ser voluntária me abriu portas de aprendizagem e é algo que quero sempre fazer. Quero exercer tudo aquilo que eu não tive quando fazia tratamento, mostrar que os pacientes são fortes, guerreiros”, pontuou Pedrina. “Voluntariado é um trabalho que admiro muito e tudo o que aprendi é significante demais para mim”, complementou. 

Em 2013, com 15 anos de idade, Pedrina foi diagnosticada com câncer no joelho esquerdo e, na época em que ela fazia os tratamentos, a sua diversão era o celular. “Quando fui ao GAC-PE, pude perceber o quanto o trabalho dos voluntários faz bem às crianças. Participar do Anjos da Enfermagem me fez sentir um amor inexplicável. Eu contava os dias para visitar as crianças, vê-las sorrindo e fazer a tarde delas divertidas”, disse. “O GAC-PE me mostrou isso, me fez acreditar que estou no caminho certo, me fez ver o quanto eles são incríveis e importantes. Eu só tenho a agradecer por fazer parte dessa história de voluntários. Meu sentimento é amor, gratidão e ajudar o próximo”, concluiu. 

Para a oncologista pediátrica e presidente do GAC-PE, Dra. Vera Morais, o voluntariado é a força motriz da instituição. “As Organizações Não Governamentais jamais sobreviveriam se não existissem os voluntários”, afirma. “O GAC-PE foi formado por voluntários como, por exemplo, pais que perderam seus filhos que se reuniram pelo bem da causa, doando seu amor, tempo e respeito. É um trabalho lindo, inestimável”, pontuou.

Atualmente o GAC-PE possui 185 voluntários ativos. Em março deste ano, devido à pandemia do novo coronavírus, alguns voluntários do GAC-PE precisaram se afastar das atividades presenciais, mas isso não foi motivo de parar. A internet ajudou – e continua ajudando – aos voluntários se conectarem com os pacientes. Pedrina e outros continuaram suas atividades mesmo diante da pandemia. Eles contam histórias, fazem brincadeiras, jogos educativos, etc. Tudo de forma remota através de vídeos. “O sentimento pelo projeto e por ser voluntária é saber que não podemos parar. As crianças contam com isso e ver o sorriso delas todas as manhãs nos inspira para prosseguirmos”, falou Pedrina. 

Para candidatar-se ao voluntariado do GAC-PE, a inscrição pode ser feita pessoalmente na Coordenação de Voluntariado, no 7º andar, ou através do site: www.gac.org.br/voluntarios