Reinvenção artística do cantor e compositor Dary, o projeto Dario Julio & Os Franciscanos propõe uma viagem ao tempo em sua estreia. Descrito como algo que estaria tocando em uma rádio AM em meados dos anos 70, o projeto marca o começo oficial da carreira solo do artista sul-mato-grossense radicado no Paraná. Após divulgar o primeiro single,  “Como Diria o Poeta”, o trabalho ganha o álbum de estreia, “O Menino Velho da Fronteira”, já disponível nos principais serviços de streaming de música.

Ouça “O Menino Velho da Fronteira”: http://smarturl.it/DarioJulioAlbum

Conhecido pelo seu trabalho com as bandas Terminal Guadalupe e lorena foi embora…, Dary começou a chamar atenção no começo dos anos 2000. Ao lado do Terminal Guadalupe, ele conseguiu o respeito da crítica com sua música cheia de influências pós-punk e crítica social. A banda ganhou, pelo voto popular, o Prêmio Laboratório Pop de Melhor Disco Independente de 2005 com o álbum “VC Vai Perder o Chão”. Em 2007, o disco “A Marcha dos Invisíveis” entrou nas principais listas de melhores álbuns do ano da mídia especializada. O tom politizado das letras mudou de foco, com o compositor buscando resistir em forma de afeto.

“É um renascimento. Me aventurei por outros gêneros musicais ao mesmo em que passei a escrever com linhas mais claras. As sutilezas são intencionalmente ambíguas. Gosto de dizer que é um disco de amor para tempos de cólera. Nada pode ser tão político quanto reiterar afeto quando o discurso conjuntural cospe ódio”, justifica Dary.

O novo projeto começou a ganhar forma ainda em 2014, quando Dary foi convidado para participar do álbum “Ainda Somos os Mesmos”, tributo ao disco “Alucinação”, de Belchior. A regravação de “Apenas Um Rapaz Latino-americano” foi a primeira de Dario Julio & Os Franciscanos e contou com o apoio decisivo do multi-instrumentista Matt Duarte. No final do mesmo ano, já ao lado de outro multi-instrumentista, Manoel Magalhães, foi convidado para mais um tributo, agora para celebrar os 30 anos da banda Engenheiros do Hawaii“Números” foi a canção regravada.

A partir de 2017, Dary começou a escrever novas músicas e a resgatar composições perdidas, se distanciando do que já havia feito em trabalhos anteriores e focando em revisitar as suas memórias. Assim como o projeto teve sua gênese nos tributos a artistas que marcaram sua trajetória, as músicas que Dary ouvia enquanto crescia serviram de inspiração para o álbum de estreia.

Com a ajuda do guitarrista Bruno Sguissardi, convidado a produzir o material, ele passou a formatar “O Menino Velho da Fronteira”. Além de Dary e Bruno, o disco conta com Ivan Rodrigues (bateria), Marcelo França (baixo), Matheus Bittencourt (guitarra) e Romann (piano e teclado).

Essa construção coletiva foi baseada na troca – literalmente. “Um certo dia, ciente de que precisava me resgatar, fui pedir ajuda a meu amigo Bruno Sguissardi, guitarrista da banda Anacrônica. Disse: ‘Tenho de gravar um disco. Só não tenho dinheiro. Tudo o que eu posso te dar é a minha guitarra. Em troca, você produz o álbum?’. E ele aceitou. Não era qualquer guitarra, uma Gretsch belíssima, com timbre maravilhoso, mas pouco para financiar uma gravação. No entanto, o Bruno fez acontecer: gastou combustível, buscou parcerias, contou com a solidariedade de mais amigos e aí está o resultado: meu melhor trabalho. E eu devo muito a ele. O disco é tão do Bruno quanto meu, senão mais dele”, analisa Dary.

O disco de Dario Julio & Os Franciscanos já está disponível em todos os principais serviços de streaming de música.

Foto: Divulgação

Ficha Técnica:

Todas as canções são de autoria de Dary.

Produzido e arranjado por Bruno Sguissardi.

Gravado no estúdio Toca do Javali, na Cidade Industrial de Curitiba, em 2018.

Mixado por Bruno Sguissardi no estúdio Kapta Lounge (Nico’s Studio).

Masterizado por Francisco Desalvo.

Músicos:

Dary – voz

Bruno Sguissardi – guitarra, violão, piano, teclados, baixo e vocal

Matheus Bittencourt – guitarra

Marcelo França – baixo

Romann – piano e teclados

Ivan Rodrigues – bateria

Sandra Piola – vocal e trompete