A montagem é  dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain, ganha curta temporada no Teatro Luiz Mendonça, nos dias 09 e 10 de setembro, às 20h30, e 11 de setembro, às 19h

A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner), o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20.

Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. – professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender porque um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” – tornando-se um cristão convicto.

No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.

O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939. 

Em uma entrevista sobre o espetáculo, o autor comenta. “A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”. 

O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem. “O Teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é uma realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: A Última Sessão de Freud. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício, o teatro. A minha profissão de fé. E crer que a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor.

Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante. “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.

Foto: João Caldas

Ficha Técnica:

Texto: Mark St. Germain. Tradução: Clarisse Abujamra. Direção: Elias Andreato. Assistente de Direção: Raphael Gama. Idealização: Ronaldo Diaféria. Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana. Cenário e figurino: Fábio Namatame. Assistente de cenografia: Fernando Passetti. Desenho de Luz: Gabriel Paiva e André Prado. Trilha Sonora: Raphael Gama. Arte Gráfica: Rodolfo Juliani. Fotografia: João Caldas. Iluminação: Nádia Carneiro e Giovanna Gonçalves. Desenho de som: André Omote, Coordenador Geral de Produção: Ronaldo Diaféria. Produção executiva: Jade Minarelli . Diretor de palco: . Contra-Regra: Vinicius Henrique. Produtores Associados:  Diaféria Produções e Itaporã Comunicação.

Serviço:

De 09 a 11 de setembro – Sexta e sábado às 20:30h; e domingo às 19h.

Ingressos: R$ 100,00 inteira e R$ 50,00 meia entrada    Vendas:  SYMPLA – https://bileto.sympla.com.br/event/75746/d/153505/s/1017331 

Classificação: 14 anos.

Duração: 80 minutos.

TEATRO LUIZ MENDONÇA

Avenida Boa Viagem, Recife-PE 

Telefone : 81 99324-6334

PRODUÇÃO LOCAL: Renata Phaelante