Evento, que se consolidou como o espaço legítimo de expressão e diversidade da música instrumental pernambucana, promoverá quatro concertos nos dias 6 e 7 de março, por meio de patrocínio da Lei Aldir Blanc
O Circuito Aurora Musical retorna às atividades em 2021 com uma edição especial online no mês de março. O evento, que se consolidou como importante palco de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana, foi contemplado com patrocínio da Lei Aldir Blanc para realizar a transmissão de concertos musicais, nos dias 6 e 7 de março, nas redes sociais do AuroraInstrumental. Esta edição apresentará uma programação mais compacta, serão quatro lives com shows do Quarteto Encore, o duo Paula Bujes e Pedro Huff, Alexandre Rodrigues e Pife Urbano, e o projeto “O Sopro e a Percussão”, do percussionista Gilú Amaral.
No conforto do sofá e na segurança de casa, o público poderá assistir gratuitamente aos concertos de música instrumental que exploram a diversidade cultural e diferentes escolas de Pernambuco, passando pela popular, erudita e experimental. “Os artistas escolhidos representam a vanguarda da música instrumental assim como os jovens talentos. Também reafirmamos o compromisso de garantir o espaço da mulher no festival e a música de alta qualidade, tendo em vista que todos os artistas estão ativos em seus respectivos processos criativos”, explica o produtor executivo do AuroraInstrumental, Félix Aureliano, que ao lado de Gilú Amaral também é responsável pela idealização e curadoria do circuito.
Para adaptar o evento ao formato online, a produção do Aurora se preocupou em oferecer concertos com alta qualidade de som e imagens. A transmissão das lives será realizada pela Solare Audiovisual, ao vivo e em Full HD (60 FPS), com a captação de imagens feita simultaneamente por quatro câmeras. Já a captação de áudio estará sob a responsabilidade do Estúdio Casona. Essa estrutura possibilitará não só a integração ao vivo com os convidados, como também fazer cortes dinâmicos e transições modernas de cenas. “Embora as lives já não sejam uma novidade, principalmente agora na pandemia, vamos fazer o Aurora com um formato inovador e ainda pouco utilizado no mercado nacional. As câmeras e lentes usadas possuem padrão de estética de cinema”, explica Gilú Amaral, que é o diretor artístico e musical do Aurora Instrumental.
Ele lembra que, em 2018, a primeira edição do Aurorapromoveu uma programação com 20 espetáculos musicais e já teve reconhecida a sua importância para o fortalecimento do consumo da música instrumental em Pernambuco. “Agora estamos dando continuidade ao projeto. O Aurora está vivo e nosso objetivo é que o circuito entre para o calendário cultural de Recife”, informa Gilú Amaral. “A classe artística foi a primeira a parar com a pandemia, e continuamos ainda vivendo uma situação bastante complexa. Por isso oportunidades como essa proporcionada pela Lei Aldir Blanc e o Governo do Estado são muito valiosas, e colaboram para estimular o interesse pela música de alta qualidade e formação de público”.
Oficina – A edição especial Aldir Blanc também promoverá uma atividade formativa, com a oficina sobre o Coco de Roda em Pernambuco, ministrada por Gilú Amaral, que será disponibilizada gratuitamente no Canal do YouTube do Aurora – https://www.youtube.com/channel/UCNkRuvfoQovffs7jbGAPMwA . A oficina poderá ser acessada a partir do dia 13 de março, e conta a história do coco de roda, por meio da tradição da oralidade, além de apresentar técnicas, variações e todas as diferenças de estilos do coco (Coco Praieiro, Coco de Umbigada, Coco de Xambá), instrumentação, práticas e saberes com a narrativa sobre cada ciclo, principais diferenças, semelhanças e características.
CONCERTOS
Alexandre Rodrigues e Pife Urbano
Com uma formação inusitada – pífanos, tuba, guitarra, bateria e percussão – o grupo combina elementos da música regional e contemporânea, influências do jazz e das bandas de pífanos tradicionais. O repertório apresenta ritmos da cultura pernambucana como caboclinho, maracatu, baião e frevo, adicionando distorções na guitarra, a linha do baixo com a tuba, bateria e percussão. “Utilizamos variações rítmicas tradicionais e polirritmias variadas. Os pífanos fazem as melodias variando com elementos de linguagens distintas e seções de livre improvisação. A nossa proposta é criar um ambiente experimental nas apresentações, fazendo a conexão entre mundos musicais distintos”, informa Alexandre Rodrigues.
O grupo foi criado em 2018 e é formado por Alexandre Rodrigues (pife), Ângelo Lima (pife), Rafael Meira (guitarra), Pedro Castilho (tuba), Sérgio Soares (bateria) e Júnior Teles (percussão).
“O Sopro e a Percussão” por Gilú Amaral
Nesse espetáculo musical, o percussionista olindense se junta a um time de peso – Henrique Albino (sax, flauta e arranjos), Nilsinho Amarante (trombone),
Alex Santana (tuba) e Jonatas Araújo (trompete) – para dar vida ao projeto que possibilita o diálogo, no mesmo espaço-tempo, de duas grandes escolas musicais da cultura pernambucana: metais e percussão. Segundo Gilú, “o metal conduz as melodias e a percussão é o coração do projeto”. Sopro e Percussão mescla ritmos e explora instrumentos percussivos que conduzem os sopros, uma composição imagética que, por sua vez, colabora para a construção sonora das partituras para metais, dando harmonia ao projeto. No show, os músicos executam releituras de composições como “É de lascar”, do maestro Lourival Oliveira, cujo centenário foi comemorado em 2018.
Fundador da Orquestra Contemporânea de Olinda, do grupo Wassab e da Academia da Berlinda, Gilú é também produtor musical e compositor de trilhas sonoras para filmes e espetáculos de dança. Já se apresentou em importantes festivais no Brasil, Europa, África e Estados Unidos. Em 2018, lançou seu primeiro disco, Peji.
Paula Bujes e Pedro Huff
O duo formado pelos gaúchos Paula Bujes (violino e rabeca) e Pedro Huff (violoncelo) vai apresentar no Aurora Instrumental com um show mais voltado à espontaneidade e ao improviso, com um repertório resultado de novas parcerias e experimentos, além das cordas terá a percussão de Gilú Amaral, que fará uma participação especial no concerto. As melodias foram criadas explorando a música popular e erudita, ritmos regionais e o indie. “Eu, Paula e Gilú criamos improvisos que dão uma dinâmica toda especial à música, no calor do momento, assim a gente sempre cria uma música diferente”, explica Pedro Huff.
A dupla, que se estabeleceu em Recife no ano de 2014, lançou o álbum “Afluências” (2017) no Teatro de Santa Isabel, trabalho que foi apresentado no Instituto CPFL, em Campinas, e também no Espaço Cultural BNDES, no Rio de Janeiro. Paula e Pedro tocam juntos desde 2004.
Quarteto Encore
Formado por Carlos Santos (1º violino), Rafaela Fonsêca (2º violino), Laila Campelo (viola) e Fabiano Menezes (violoncelo), o grupo tem como principal característica a versatilidade na sonoridade, que varia do clássico ao popular. Para o Aurora Instrumental, o quarteto prepara um repertório brasileiro que incluirá a sonoridade clássica do compositor Villa-Lobos contrastada com elementos do regionalismo dos baiões de Luiz Gonzaga, além de músicas contemporâneas de compositores pernambucanos. “Festivais, como o Aurora, assumem um importante papel artístico e cultural na difusão da música instrumental, assim como da música autoral provinda do nosso estado, além de apoiar a promoção dos próprios artistas e a formação de plateias”, observa Laila Campelo.
Em 2017, o Quarteto Encore lançou o primeiro disco, chamado Mosaicos, que mescla o caráter da música erudita com elementos da música regional. Na cena erudita, o grupo apresenta o projeto “Barroquíssimo”, formado por um repertório do período barroco, contemplando compositores como Bach e Vivaldi.
SERVIÇO:
Aurora Instrumental – edição especial Aldir Blanc
Período: 06 e 07 de março de 2021
Assista: redes do Aurora Instrumental (Instagram e YouTube)
Programação Live’s
06/03
16h – Alexandre Rodrigues e Pife Urbano
20h – Gilú Amaral e o “Sopro e a Percussão”
07/03
16h – Paula Bujes e Pedro Huff
19h – Quarteto Encore
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