Dedicada à Sustentabilidade, a edição de junho daCasa Vogue apresenta a residência do arquiteto e designer Carlos Motta, no Jardim Europa, em São Paulo. Trate-se de uma edificação de 1920, mantida com o cuidado de quem se preocupa em enaltecer o valor da preservação e defende o uso de madeiras reaproveitadas ou extraídas de maneira responsável. 

Há muitas razões para o Jardim Europa conservar os casarões que ainda abrigam parte da fatia mais alta da sociedade paulistana. Uma delas diz respeito à maneira como a vizinhança foi imaginada, segundo o conceito de cidade jardim implementado pela Cia. City, empresa que realizou o loteamento mais de um século atrás. Durante um período, a sede da firma instalou-se no coração do bairro, em uma residência erguida em 1920. O mesmo imóvel, que acolheu também a administração urbana do Clube de Campo de São Paulo, entrou para a família de Carlos Motta em 1979.

Anos depois, viraria o endereço do arquiteto e designer com a mulher, Sibylla, e os filhos, que hoje chegam com os netos em frequentes visitas, assim como os inúmeros amigos. O fato de ser uma construção centenária confere um tempero especial a essa relação. “Quando penso em sustentabilidade, por exemplo, percebo que mais importa a casa em si, preservada até hoje. Os impactos de derrubar e construir são enormes. Por isso, mantê-la e, de alguma forma, dar continuidade à história do bairro, é um prazer pra mim”, comenta Motta, demonstrando insatisfação com o ritmo acelerado de demolições na cidade, que vêm descaracterizando a arquitetura de algumas regiões.

Embora o entorno se encontre tombado como patrimônio histórico, é possível obter licença para alterar as edificações, e dez anos atrás Carlos decidiu fazer uma pequena reforma. Nesse processo, só entraram madeiras de demolição, reflexo de seu cuidado com a escolha dos materiais desde o início da carreira, nos anos 1970 – época em que o movimento da contracultura atingia o auge.

Bebendo dessa fonte, o profissional tomou gosto por surfe, ioga e alimentação saudável, além de desenvolver uma reverência profunda pela natureza. “Sempre tive essa preocupação de causar o menor impacto possível no planeta, produzindo obras para durar, buscando o simples, o óbvio, o respeitoso”, ressalta. Para ele, madeira boa vem de reaproveitamento, redescobrimento, certificação socioambiental. Uma certeza e um jeito de agir no mundo que abraçam o espírito deste tempo.

A matéria completa pode ser conferida na edição de junho de Casa Vogue, já disponível nas bancas de todo o país.

Desígnios, um podcast de Casa Vogue

Para quem também se pauta pela sustentabilidade, Casa Vogue apresenta “Desejo por Design”, nova série de entrevistas do podcast Desígnios, que traz conversas inspiradoras com alguns dos vencedores do prêmio Casa Vogue Design sobre questões que pautam as produções contemporâneas brasileiras.

Em episódio inédito veiculado nesta quinta-feira (2/6), a apresentadora e redatora-chefe de Casa Vogue Marianne Wenzel, recebe Pietro Oliveira, designer de produto e vencedor da categoria “Talento em ascensão” do Prêmio Casa Vogue Design 2021, em um bate-papo sobre sustentabilidade e a importância de enaltecer o regionalismo em um mundo com cada vez menos fronteiras. Com duração média de 30 minutos por episódio, Desejo por Design está disponível nas plataformas Spotify e Deezer.

Sobre a Casa Vogue

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