Especialistas afirmam que uma nova mama pode melhorar radicalmente a autoconfiança e qualidade de vida das pacientes.

 

Além da campanha de prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa também surge como forma de apoio às mulheres vítimas da doença. Para o cirurgião plástico Kleiton Boschi, o melhor tratamento para recuperar a autoestima das pacientes que fizeram mastectomia (retirada do seio) é através da cirurgia de reconstrução mamária.

Enfrentar a retirada das mamas é um desafio a ser enfrentado por 59.700 mulheres este ano no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Kleiton Boschi explica que desde a descoberta da doença até o tratamento, com a possível retirada da mama, a paciente passa por grandes impactos psicológicos. “A relação da mulher com a mama está diretamente ligada à questão da feminilidade, autoestima, sexualidade e maternidade. A retirada do seio para uma mulher significa tirar uma parte extremamente importante do corpo”, afirma.

De acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as mulheres que passam pela reconstrução mamária apresentam menores riscos de retorno do câncer, já que a produção de endorfina e o equilíbrio emocional estão relacionados à doença.

Kleiton Boschi declara que as cirurgias de reconstrução de mama estão sendo feitas com mais requinte, e com mais opções de acordo com cada caso, para tentar devolver o aspecto da mama anterior à paciente. “Hoje em dia, as cirurgias de reconstrução conseguem trazer de volta o aspecto natural da mama, e até, em muitos casos, a reconstrução da aréola com micro pigmentação através de tecnologia 3D”, diz o cirurgião.

A cirurgia

A reconstrução mamária pode ser realizada através de várias técnicas. A mais comum utiliza próteses de silicone para simular a forma natural da mama. Além disso, pode ser necessário usar tecidos musculares retirados do abdômen ou do dorso da própria paciente