Com intensa programação, no Recife Antigo e no Sítio Trindade, o domingo (30) encerrou as atividades da Mostra, realizada pela Prefeitura do Recife, que contou com cinco grandes circos na programação, além de mais de 20 artistas de picadeiro, que ofereceram vivências e números gratuitos
 
O domingo foi de muitas risadas, peripécias e presepadas na capital pernambucana, com as derradeiras atrações e atividades da 9ª Mostra de Circo do Recife, promovidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. A partir das 13h, vivências circenses transformaram o Recife Antigo num grande picadeiro a céu aberto, por onde passaram até os Doutores da Alegria, celebrando 15 anos de muita terapia do riso. No Sítio Trindade, a programação também foi intensa, com apresentações de grandes circos e variados números.
 
Fotos: Daniel Tavares/PCR
No bairro histórico, o Boulevard Rio Branco foi o palco escolhido para vivências deequilíbrio, malabares e acrobacias que, literalmente, viraram o público de cabeça para baixo, a partir das 13h. A programação contou ainda com a mostra fotográfica Doutores da Alegria Recife – 15 anos e com uma rápida apresentação dos palhaços tarja colorida. A partir das 16h, o asfalto virou palco para a alegria e magia de Rapha Santacruz (PE), Natália Lua (PE), Cia. 2 em Cena (PE), Jaqueson Santana (PE), A Trupe (PE), Ivo Amaral (PE), Suenne Sotero (PE), Lucrecia Forcioni (PE) e Geórgia Bergamim (RJ). Teve também feira gastronômica de Comidinhas de Circo para temperar a brincadeira.
 
Fotos: Daniel Tavares/PCR
No Sítio Trinade, o picadeiro da 9ª Mostra de Circo recebeu as trupes do Circo Nawellington e do Circo Alves, além de intervenções circenses com o Chileno Yeyo Juggling e o pernambucano Erisson Correia.
 
Um boquiaberto e numeroso público prestigiou as programações. “Adorei a oportunidade de assistir e praticar o circo no mesmo lugar, de graça, no meio da rua”, disse a estudante Marília Carla, 19 anos, entre uma vivência e uma atração, na Rio Branco. “É muito importante esse tipo de evento: para nós, que ganhamos uma programação boa, e para os artistas, que ganham prestígio e palco para seu trabalho”, comentou Glena Salgado, moradora do Engenho do Meio, que levou a filha e a mãe para o Sítio Trindade. 
 
“Faço questão de prestigiar todas as edições da Mostra de Circo. Aliás, prestigio toda programação que for gratuita e boa com minha família. Todo final de semana eu procuro saber de lugares para onde possamos ir todos juntos: vamos ao Marco Zero pedalando, aos parques, eventos”, contou Maria da Paz, moradora do Alto José Bonifácio.
 
Ana Paula e Gisele, moradoras de Campo Grande, levaram seus filhos ao circo por acreditarem no poder da diversão para a formação de crianças. “O circo incentiva a imaginação e o brincar, que são tão importantes para eles” , afirmou Gisele. 
 
“É muito importante que haja programações oficiais que estimulem e valorizem o circo. Atualmente tenho me sentido muito triste com a quantidade de artistas que vemos nas ruas, nos sinais, em péssimas condições de trabalho. Eventos como a Mostra valorizam o trabalho árduo de quem vive da arte e escolheu o circo para dedicar ao público seu talento”, disse Welson Araújo, morador de Casa Amarela, acompanhado da esposa e da filha.
 
Fotos: Daniel Tavares/PCR
Balanço – Da última quarta-feira (26) até ontem (30), a 9ª edição da Mostra de Circo do Recife, realizada pela Prefeitura do Recife, ofereceu duas oficinas gratuitas, com três dias de atividade cada uma, ministradas por profissionais consagradas dos mercados baiano e carioca; a exibição de um documentário longa-metragem; uma mesa de debates para profissionais do circo sobre a arte no estado; cinco grandes espetáculos de circos pernambucanos (Disney Circo, Cia. Brincantes de Circo, American Circo, Circo Nawellington e Circo Alves); e apresentações e números de mais de vinte artistas, como Carlos Vivero (CHI), Cristian Vargas (ARG), Suenne Sotero (PE), Paulo Ygar (SP), Rapha Santacruz (PE), Natália Lua (PE), Jaqueson Santana (PE), Ivo Amaral (PE), Lucrecia Forcioni (PE), Geórgia Bergamim (RJ), Yeyo Juggling (CHI) e Erisson Correia (PE), que apresentaram números e/ou mediaram vivências circenses, para perpetuar e assegurar futuro às artes do picadeiro.