Promovida pela Prefeitura do Recife, programação levou peças locais e nacionais, seis delas inéditas na cidade, para os teatros de Santa Isabel, Hermilo Borba Filho, Apolo, Luiz Mendonça e Barreto Júnior, a preços populares

 Depois de emocionar, fazer rir, pensar e chorar, o 20º Festival Recife do Teatro Nacional encerrou a sua programação na noite deste domingo (27). Ao longo de oito dias, foram apresentados 12 espetáculos, sendo seis deles inéditos no Recife, nos teatros de Santa Isabel, Hermilo Borba Filho, Apolo, Luiz Mendonça e Barreto Júnior.

Promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura do Recife e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o Festival, cujo objetivo é assegurar plateia para as artes cênicas na capital pernambucana, homenageou o ator Reinaldo de Oliveira. Recifense de 88 anos, filho de Valdemar e Diná de Oliveira, Reinaldo de Oliveira foi gestor do Teatro de Amadores de Pernambuco e atuou em diversos espetáculos como Vestido de Noiva e Um sábado em 30, além de ter dirigido outros tantos.

Com curadoria do diretor do Teatro de Santa Isabel, Romildo Moreira, e do gestor do Teatro Luiz Mendonça, Ivo Barreto, o 20º Festival Recife de Teatro Nacional apresentou espetáculos que trataram de temas urgentes, como amor, esperança, fake news, ditadura, angústias proletárias, corrupção, ódio, intolerância e preconceito.

Foram seis produções nacionais e inéditas na cidade: Preto, da paranaense Companhia Brasileira de Teatro, Woyzeck – Zé Ninguém, do Teatro Terceira Margem e Artistas Independentes e Teatro La Independencia, do Oco Teatro Laboratório, ambos da Bahia; O Que Só Passarinho Entende, da Cia Cobaia Cênica, de Santa Catarina; LTDA., do Coletivo Ponto Zero, do Rio de Janeiro; e A Gaiola, da também carioca Camaleão Produções Culturais e LTDA.

E também teve produção pernambucana no Festival: A Mulher Monstro, da S.E.M Cia de Teatro (RN/PE), Ligações Perigosas, do Teatro de Fronteira; Próxima, solo da atriz Cira Ramos; Em Nome do Desejo, da Galharufas Produções; Espera o Outono, Alice, do Amaré Grupo de Teatro; e Pro(Fé)Ta – O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum.

Ontem (25) – Três espetáculos foram apresentados no último dia do Festival. O Teatro de Santa Isabel recebeu a produção infantil A Gaiola, do grupo carioca Camaleão Produções Culturais. No Teatro Hermilo Borba Filho, o público conferiu Pro(Fé)ta – O Bispo do Povo, do Coletivo Grão Comum. Já no Luiz Mendonça, O Coletivo Ponto Zero subiu ao palco com o espetáculo LTDA.

A professora Thelma Pereira, 58 anos, aprovou o trabalho dos atores de Pro(Fé)ta – O Bispo do Povo: “achei sensacional, os artistas adaptaram a história de Dom Helder aos tempos atuais. Eles também são muito bons de improvisação.

Quem também estava no Teatro Hermilo Borba Filho foi a bancária aposentada Maria Ferraz, 58 anos. “Amei a peça, achei tudo muito bonito. Também assisti durante o Festival Preto, A Gaiola e LTDA.”, contou ela. Para a filha dela, a artista Mariana Ferraz, 18 anos, o espetáculo foi surpreendente. “Eu vi muito presente a mensagem de amor ao próximo, adorei”, disse.